sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Planície Amazônica


A planície Amazônica em sua porção limitada pelo Estado de Rondônia, apresenta a altitude de 90 a 200 metros acima do nível do mar, estende-se desde o extremo norte nos limites deste com o Estado do Amazonas, se prolongando nas direções sul e sudeste até encontrar as primeiras ramificações da chapada dos Parecis e da Encosta Setentrional. Não é possível estabelecer com precisão os limites, visto que, os acidentes do relevo se interpenetram. Porém, tomando como ponto de referência a cidade de Porto Velho inserida dentro da planície, esta tem como limite sul, sudoeste e oeste a Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro, cujos afloramentos de granito surgem a 3 Km dessa cidade, e a 7 Km a cachoeira de Santo Antônio do Alto Madeira, degrau submerso do referido Planalto. A leste, sudoeste e sul a Chapada dos Parecis, a 48 Km de Porto Velho, assinalada pela presença de uma topografia ondulada, o surgimento de matações (blocos de granito) e a formação de laterito (piçarra). Encontra-se aí a cachoeira do Samuel no rio Jamari, formado pelo dissecamento do planalto arqueano pelas águas desse rio. Ao norte, nordeste e noroeste, a própria planície Amazônica a partir da linha convencional de limites entre os estados de Rondônia e do Amazonas.
A Planície Amazônica se constitui em sua superfície aplainada morfoclimática típica de floresta, resultante das oscilações climáticas do período quaternário com climas mais secos sucedidos por climas mais úmidos, atuando para o seu aplainamento e compartimentação da superfície revestida por seixos, laterito, sedimentos areno-argilosos (da idade pliocênica) nas áreas de terra firme, de acumulação areno-argilosos recentes (holocênica) nas áreas de várzea e de constituição argilo-ferruginosa nos barrancos (formação barreira).
Os médios e baixos cursos do rio Madeira e de seus afluentes de encaixam na planície acomodando-se nas falhas e fraturas do terreno. Nos baixos cursos nas áreas de várzeas formam extensas planícies de inundações e nas áreas de barrancos de 5 a 10 metros de altura em relação ao nível normal das águas de seus cursos, exercem uma ação erosiva por infiltração de água no solo desses barrancos provocando os seus desabamentos, conhecidos como fenômeno das terras caídas. Enquanto nas áreas de formação tubulares descrevem longos e caprichosos meandros contornando os tabuleiros de terra firme. Os seus médios cursos ao atravessarem as áreas de terras firmes constituídas por terrenos pré-cambianos os desgastam atingindo o substrato rochoso originando corredeiras, lajeados e cachoeiras. Os rios, dessa forma, são os principais agentes de modificação e remodelação da planície, aliados a outros fatores.

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