Floresta Latifoliada Equatorial. Esse é o nome científico da maior floresta do mundo que ocupa cerca de 40% do território brasileiro e 7% da superfície da Terra. Ela abriga 20% das espécies de plantas e animais existentes no mundo. Nas águas de seus rios vivem cerca de 1.300 espécies de peixes. Uma das mais ricas biodiversidade e manancial genético do Planeta se encontra na Amazônia. muitas espécies selvagens ali existentes são desconhecidas da ciência. A floresta é tão densa que não dá para se caminhar nela sem o auxílio de um bom facão. Cerca de 25% de todas as drogas da medicina moderna saem de municípios inseridos na floresta, desde o quinino, que combate a malária, até drogas quimioterápicas usadas contra o câncer. Para se ter uma idéia do poder curativo das plantas amazônicas, somente o Jaborandi (Pilocarpus microphjillus), significa um negócio de milhões de dólares, pois esta planta existente somente na Amazônia produz a pilorcapina que é usada em colírios no tratamento de glaucoma e como estimulador salivar para pessoas que extrairam as glândulas salivares por problema de câncer. Tudo na Amazônia é astronômico a começar pelo rio mais caudaloso da Terra e segundo em comprimento, o Amazonas, que nasce no Peru, que só perde em extensão para o rio Nilo, na África. Com 6.457 quilômetros de comprimento o Amazonas e seus afluentes invadem os igapós (plantas das áreas inundáveis) tornando a região úmida num ciclo que faz a vida florescer a cada instante. A extração do látex para a produção da borracha, a produção de castanha e guaraná são três das principais atividades econômicas da Amazônia. A indústria do cosmético lucra milhões de dólares com as plantas aromáticas da região, com o auxílio (exploração) de tribos indígenas. Num mundo globalizado, onde todos se conhecem, ainda existem tribos indígenas na mais densa floresta do mundo que não teve contato com a nossa civilização. Todavia, nem tudo é maravilha na Amazônia. Neste exato momento um crime ambiental de dimensões enormes está sendo cometido naquela área. Pode ser uma imensa área que está sendo transformada em pasto após uma queimada ou após a extração criminosa de seus mognos, uma das madeiras mais nobres do mundo que é vendida de forma ilegal para a o primeiro mundo a preço de banana, para a fabricação de móveis. As madeireiras legalizadas afirmam que retiram da floresta cerca de 100 mil metros cúbicos de mogno anualmente, todavia, as organizações não governamentais duvidam destes números. Alguns caciques que se "aculturaram" trocam madeiras nobres de suas terras por veículos imponentes. Algumas indústrias que se abastecem de plantas existentes nas margens dos rios, devido a escassez destas, começam a contratar mateiros que se embrenham na mata fechada à busca de suas matéria-prima, mato adentro . A grilagem é comum naquele chão com o envolvimento de políticos e cartórios que transformam propriedades de 10 hectares em 100 ou 1.000. A abertura de estradas tem provocado a destruição de imensas áreas fazendo com que a pressão internacional impeça a construção de uma via asfaltada ligando o Acre ao Peru. Essa estrada seria um vetor ocupacional, ou seja, atrairia muitos colonos para suas margens e com isso a devastação do entorno dessa via. No Pará a mata está sendo transformada em carvão vegetal, matéria-prima do ferro gusa. Em maio de 2001 o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgou dados estarrecedores sobre a maior floresta do Planeta: em apenas um ano, entre agosto de 1999 e agosto de 2000, o ritmo de devastação da floresta cresceu 15%. Em apenas um ano a Amazônia teve uma área desmatada superior ao Estado da Bahia. Como a natureza é sábia, a maior floresta do mundo tem um solo pobre em nutrientes e isso afasta os colonos que se aventuram na atividade agrícola e os fazendeiros que tencionam plantar capim para o gado.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
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